quinta-feira, 12 de maio de 2011


Mas você não vê. Não vê, não enxerga, não sente. Não sente porque não me faz sentir, não enxerga porque não quer. A mulher louca que sempre fui por você, e que mesmo tão cheia de defeitos sempre foi sua. Sempre fui só sua. Sempre quis ser só sua. Sempre te quis só meu. E você, cego de orgulho bobo, surdo de estupidez, nunca notou. Nunca notou que mulheres como eu não são fáceis de se ter; são como flores difíceis de cultivar. Flores que você precisa sempre cuidar, mas que homens que gostam de praticidade não conseguem. Homens que gostam das coisas simples. Eu não sou simples, nunca fui. Mas sempre quis ser sua. Você, meu homem, é que não soube cuidar. E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha mania tão boba de amar errado. Seja feliz.

[Caio Fernando Abreu]

quarta-feira, 11 de maio de 2011


Sempre sonhei em ser livre, em não ter que dá satisfação a ninguém ou pelo menos que não precisasse dá satisfação de onde eu vou? Com quem eu vou? E que horas eu volto? Agora eu tenho essa liberdade, e sabe por algum tempo foi a melhor coisa da minha vida, mas agora eu sinto falta de ter alguém pegando no meu pé, dizendo que eu preciso volta tal hora, ou que eu não deveria ir a tal lugar, liberdade é bom, mas não era essa liberdade que eu queria , entende? Não espero ser entendida, porque até eu não sei direito como é que isso funciona. Só pra desabafa mesmo porque afinal, eu não tenho a quem falar essas coisas e esse é dos preços da liberdade.